Vista do Bairro de Tomazinho na década de 1930.
Uma parte das terras do que hoje é o bairro de Tomazinho foram vendidas em separado pelo Barão do Bonfim. Essa área pertencia à Fazenda de São Matheus uma das mais antigas e produtivas propriedades agrícolas da Baixada Fluminense. A sede da fazenda ficava onde é o Centro de Nilópolis. Na escritura de venda da fazenda ao Sr. João Alves Mirandela e seu sócio, em 1900, há a confirmação de que dois lotes/áreas, às margens da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, foram vendidas anteriormente ao Senhor Thomaz Peixoto, daí a origem do nome do bairro.
Em 1915, toda a fazenda de S. Matheus foi loteada para ser vendida a preços populares. Nesse contexto, a maior parte do bairro de Tomazinho também foi loteada e vendida a preços baixos. As propagandas dos lotes nos jornais da época mencionavam o preço 200$ ou 100$ (era só pagar a primeira prestação tomar posse e construir livremente) e a proximidade com a Estação de Thomazinho (5 minutos de distância) e a Estação de Nilópolis (20 minutos). Em 1898 além da Estação a localidade contou com uma loja dos Correios.
A cancela é onde está um aviário, antigo varejo.
Um bairro com mais de 100 anos cheio de histórias. Que recebeu pessoas
de todos os lugares do Brasil e vários países do mundo. Pessoas que compraram
seus terrenos com dificuldade, utilizavam o trem para se locomoverem até o
trabalho. Fiz um cálculo, utilizando um horário da época, de que a viagem em
1915 de Thomazinho até Alfredo Maia (última estação da Linha Auxiliar que
ficava ao lado da atual Estação da Leopoldina) demorava 1h e 58m. Mas, era uma
forma de garantir a casa própria. Muitos fazem o mesmo até hoje. Afinal é um
bairro dormitório.
Atualmente é o segundo bairro mais povoado de São João de Meriti, perde
para Vila Tiradentes. Lembrando que até o CENSO do IBGE de 2010, São João de
Meriti possui a maior densidade demográfica do Brasil (olha que são 5.570
cidades).
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